quarta-feira, 31 de julho de 2013

Depois de sucesso nos EUA, cursos de universidades de ponta chegam ao Brasil

Online, sem seleção e gratuitos, Moocs 'invadem' instituições brasileiras; ainda neste semestre, ao menos seis delas devem criar cursos.


Fonte: Estadão

A Universidade de Stanford foi a primeira instituição a apostar no Mooc (Massive Open Online Course, em inglês), em 2011. O curso Inteligência Artificial atraiu 160 mil pessoas ao redor do mundo. Hoje, uma das principais plataformas de Moocs, o Coursera, reúne 62 instituições, como Stanford e Columbia, e tem 4 milhões de usuários. O segredo? Os Moocs são cursos livres – qualquer pessoa pode fazê-los, independentemente do nível de instrução –, não têm seleção, são a distância e gratuitos. Basta se inscrever e cursar.
Agora, os Moocs chegam com força ao Brasil. Já estão em duas das principais instituições do País, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília (UnB), e neste semestre devem ser oferecidos por outras seis: Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo (PUC-SP) e Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Universidade Federal de Campina Grande.
A Unesp, por exemplo, deve oferecer certificados e tutoria para seus cursos online, que hoje estão disponíveis na plataforma Unesp Aberta, transformando-os em Moocs. Atualmente, há um projeto-piloto para funcionários da instituição. Nem todas as instituições oferecem certificados e muitas cobram por eles.
A universidade está elaborando também parcerias com instituições estrangeiras, principalmente dos EUA e da Dinamarca, para promover uma "mobilidade virtual" em disciplinas de graduação a partir de 2014. "Na Unesp, os Moocs dessas universidades valeriam como disciplina optativa", afirma Klaus Schlünzen Junior, coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp (NEaD).
A PUC-SP também criou um projeto-piloto: um grupo coordenado pelo professor João Mattar desenvolveu o Mooc de língua portuguesa com a plataforma Redu. Já há mais de 5 mil inscritos. "Estamos também investigando as experiências internacionais. O que vimos é que há uma taxa de evasão muito grande. O nosso desafio é pensar em estratégias para fazer com que mais pessoas cheguem ao fim desses cursos", diz Angelita Quevedo, coordenadora de Educação a Distância da PUC-SP.
Em Harvard, por exemplo, que tem a plataforma edX com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), só 0,9% dos inscritos em Introdução à Ciência da Computação conseguiram concluí-lo (1.388 dos 150.349 matriculados), disse o professor do Mooc, David Malan, em texto publicado na universidade. Em comparação, 703 dos 706 inscritos na forma presencial da mesma disciplina conseguiram terminá-la.
Barreira. O número de brasileiros que se matriculam nos Moocs só não é maior, segundo especialistas, porque as aulas disponíveis na web hoje são principalmente em inglês.
Para ampliar o acesso, a Fundação Lemann vai traduzir para o português os cursos do Coursera. O portal Universia, que possui o site Miríada X, com Moocs em espanhol, também quer adaptar o conteúdo para a língua portuguesa.
Esses cursos encantaram tanto os brasileiros que hoje o País é o terceiro com maior número de usuários registrados no Coursera: 4% dos 4 milhões. Fica atrás dos EUA e da Índia, onde os Moocs revolucionaram a educação.
O designer de jogos paulistano Hugo Daniel Oliveira, de 21 anos, foi convidado para fazer o primeiro Mooc da Stanford e, desde então, não parou mais. Fez outros 15. "Vi que aquilo seria uma mudança na forma como as pessoas aprendem na internet. As universidades brasileiras, infelizmente, ainda estão bem atrás do que se faz nos EUA."
Outro brasileiro que se encantou com os Moocs foi o enfermeiro Júlio Rennê Santos, de 35 anos, de Manaus. Ele faz parte do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital do Amazonas e fez o curso de Ciência da Parada Cardíaca, Hipotermia e Ressuscitação da Universidade de Pensilvânia no Coursera.
"No País, temos pouquíssimos centros de referencia em parada cardiorrespiratória e eles estão nas grandes cidades, como São Paulo e Rio. Ficam longe de Manaus e são muito caros", afirma Santos.
O envolvimento dele com o Mooc foi tão grande que o professor responsável pelo curso o convidou para fazer um intercâmbio na Universidade de Pensilvânia em 2014. Ao mesmo tempo, alunos da instituição virão para o Brasil.
Como o enfermeiro, outros brasileiros também podem assistir a aulas de universidades de ponta em casa. "Esses cursos transformam a educação de alta qualidade, tradicionalmente destinada a poucos, em um ensino de massa, que era reconhecido por ter qualidade inferior", afirma Martha Gabriel, especialista em revolução digital na educação e autora do livro Educ@r.
Para todos. Hoje, qualquer pessoa pode assistir a aulas dadas na Engenharia da Escola Politécnica da USP. Docentes da instituição transformaram a disciplina Probabilidade e Estatística, que já era oferecida online aos alunos da graduação desde 2011, em um curso aberto no portal Veduca. "Só dentro da universidade temos mais de mil alunos que já cursaram a disciplina usando essa estrutura, e a aprovação é muito alta", diz André Fleury, um dos coordenadores do Mooc.
A universidade foi a primeira da América Latina a criar seu Mooc. Lançou, junto com o de Probabilidade, o de Física. Juntos, eles já têm mais de 14 mil inscritos.
Neste mês, outra universidade pública – a primeira federal – lançou um Mooc, a UnB, com o tema Bioenergética, também oferecido no site Veduca.
Além das altas taxas de evasão, outro problema encontrado pelas universidades que oferecem Moocs é como comprovar o que o aluno aprendeu. Os métodos de avaliação ainda estão sendo discutidos. No Brasil, para obter um certificado é preciso fazer uma prova presencial.
Para Salman Khan, criador da plataforma digital de educação Khan Academy, o diploma já perdeu seu valor e diz pouco sobre as competências do aluno. "Como dar às pessoas algo que deixe evidente o que elas sabem? Precisamos de uma solução para isso", disse em entrevista ao ‘Estado’, no início do ano.
Há pesquisadores que afirmam que as universidades cobrarão pelos certificados e os Moocs se tornarão, então, novos modelos de negócio. Plataformas como o Coursera já começaram a cobrar.
Confira depoimentos de quem já cursou Moocs:
Veja onde encontrar Moocs e cursos online: 
MOOCS NO MUNDO
edX
Plataforma criada pelas universidades americanas Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT). Hoje conta com outras 26 em todo o mundo, como a Universidade da Califórnia, em Berkeley. Oferece Moocs nas áreas de Direito, História e Ciências da Computação, entre outras.
Idioma: inglês
Tem certificado, mas cobra.
Acesso grátis às aulas.
Informações: http://www.edx.org/

Coursera
Reúne 62 universidades, entre elas Stanford, Princeton, Columbia, Yale, Michigan e Pensilvânia. Tem o projeto Coursera Brasil, em parceria com a Fundação Lemann, que traduz o conteúdo das aulas para a língua portuguesa com a ajuda de voluntários.
Idiomas: inglês, espanhol, francês, chinês, árabe, alemão, italiano e, futuramente, português.
Tem certificado, mas cobra.
Acesso grátis às aulas.
Informações: http://www.coursera.org/
 Udacity
Oferece cursos online gratuitos na área de Tecnologia e Ciências. Diferentemente das anteriores, não define data para a inscrição em cada módulo – o aluno escolhe quando quer iniciar e concluir o curso.
Idioma: inglês
Oferece certificado de graça.
Acesso grátis ao conteúdo
Informações: http://www.udacity.com/

OpenUped
Com apoio da Comissão Europeia, a plataforma foi formada por 11 países, entre eles França, Itália, Portugal, Espanha e Grã-Bretanha. A iniciativa é liderada pela Associação Europeia de Universidades de Ensino a Distância (EADTU). Oferece disciplinas de Psicologia, Ciências, Tecnologia e Economia.
Idioma: há cursos em 12 línguas, entre elas o português de Portugal.
Tem certificado, mas cobra para validá-lo como crédito acadêmico.
Informações: http://www.openuped.eu/

Miríada X
Cursos abertos de 18 universidades ibero-americanas da rede Universia, como a Rei Juan Carlos e as politécnicas de Valência e de Madri. Há cursos nas áreas de Astronomia, Direito, Linguística e Economia, entre outros. Todos com data para início e para conclusão.
Idioma: espanhol. Há interesse da Universia em traduzir o conteúdo para o português.
Oferece certificado gratuito.
Acesso grátis ao conteúdo.
Informações: https://www.miriadax.net/

UniMooc
A Universidade de Alicante e o Instituto de Economia Internacional criaram um Mooc dedicado ao Empreendimento em Economia Digital. O curso já tem mais de 20 mil inscritos. O aluno aprende como montar startups e a empreender. É possível se inscrever em qualquer época.
Idioma: espanhol
Oferece certificado de graça.
Acesso grátis ao conteúdo.
Informações: http://unimooc.com/

NovoEd
Plataforma criada pela Universidade de Stanford. Todos os cursos são gratuitos e montados de forma colaborativa com os internautas: um aluno corrige a tarefa do outro, por exemplo. O site também oferece algumas disciplinas exclusivas para os cursos de Stanford, nas quais os professores mesclam atividades presenciais e online.
Idioma: inglês
Acesso grátis ao conteúdo.
Oferece certificado de graça.
Informações: http://www.novoed.com/

MOOCS NO BRASIL
Veduca
Com a USP, o portal possui os Moocs de Física Básica e Probabilidade e Estatística, que já contam com mais de 14 mil inscritos. Com a UnB, foi lançado neste mês o de Bioenergética. Negocia a criação de cursos com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), as Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo (PUC-SP) e do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Federal de Campina Grande.
Oferece certificado de graça.
Acesso grátis ao conteúdo.

Mooc de língua portuguesa
Coordenado pelo professor João Mattar e pelo Grupo de Pesquisa em Tecnologias Educacionais do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP. É um projeto-piloto da universidade, em parceria com a plataforma Redu. Já tem mais de 5 mil inscritos. Não há prazo de inscrição e de término.
Oferece certificado de graça.
Acesso grátis ao conteúdo.
AULAS ONLINE EM GRANDES UNIVERSIDADES (NÃO SÃO MOOCS)
E-aulas USP
Vídeos de aulas de graduação, nas áreas de humanas, biológicas e exatas.
São cursos livres, gratuitos, sem assessoria pedagógica (tutoria), sem avaliação nem certificação.
Informações: http://www.eaulas.usp.br/
Unesp Aberta
Textos, vídeos e atividades usadas pelos professores nas aulas de graduação da Unesp. São cursos livres, gratuitos, sem assessoria pedagógica (tutoria), sem avaliação nem certificação. A Unesp pretende transformá-los em Moocs ainda no segundo semestre.
Informações: www.unesp.br/unespaberta
E-Unicamp
Vídeos, animações, simulações, ilustrações, aulas e materiais criados pelos professores da Unicamp. São cursos gratuitos, de acesso livre, sem assessoria pedagógica (tutoria), sem avaliação nem certificação.
OpenCourseConsortium
Plataforma colaborativa com conteúdos de aulas de 200 instituições educacionais e organizações do mundo, como o MIT e a Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg. São aulas gratuitas, sem certificação. Entre as instituições brasileiras que fazem parte, estão a FGV, PUC-Rio e a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).
OpenCourseWareUnicamp
Inspirada no Open CourseWare Consortium, a Unicamp montou sua própria plataforma para oferecer os materiais usados pelos professores em sala de aula. Há quatro disciplinas disponíveis: Química, Química Orgânica I, História Social da Cultura, Fenômenos de
Transporte I e II.
Grátis, sem certificado.
iTunesU
Lançado em 2007, o aplicativo oferece mais de 500 mil aulas, palestras, seminários, vídeos, livros e outros recursos de grandes universidades, entre elas Stanford, Yale, MIT, Oxford, UC Berkeley e Cambridge, além de outras renomadas instituições, como o MoMA e a New York Public Library. O serviço é utilizado por educadores de 30 países, entre eles o Brasil, para criar cursos multimídia no sistema operacional iOS.
Grátis, sem certificado.
700 cursos das melhores universidades
A Universia selecionou 700 cursos online das melhores universidades do mundo, como Harvard, Stanford e Yale. Os cursos foram divididos em 35 áreas do conhecimento, como Arquitetura, Artes, Design, Engenharia, Filosofia e Linguagens.
Informações: http://migre.me/fAM0d

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vagas para trabalhador mais velho e menos qualificado ficam mais escassas

SÃO PAULO - O desaquecimento da economia brasileira chega ao mercado de trabalho. As vagas de emprego com carteira assinada para os trabalhadores mais velhos e com baixa escolaridade estão sendo fechadas. As empresas estão diminuindo as ofertas para esses grupos por considerá-los pouco produtivos - agregam baixo valor para a companhia.
Por nível de escolaridade, foram fechados 275 mil postos para os trabalhadores que só cursaram até o Ensino Fundamental. No grupo dos que chegaram ao Ensino Médio, foram abertos quase 890 mil postos .O comportamento recente do mercado de trabalho deixa evidente o fim da bonança para os trabalhadores considerados de baixa produtividade. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que os desligamentos superaram as admissões em 260 mil postos no grupo dos brasileiros com mais de 40 anos nos últimos 12 meses encerrados em junho, segundo recorte feito pelo economista Eduardo Zylberstajn, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) - a queda acumulada já vem se repetindo há alguns meses.
"Depois do boom de 2010, a desaceleração econômica que vem desde 2011 está começando a afetar o mercado de trabalho. Nesse caso, as empresas deixam de contratar os trabalhadores que são considerados menos produtivos: os mais velhos e os menos escolarizados", afirmou Zylberstajn. "Para quem ainda é jovem e tem boa formação, o emprego cresce, mas também num ritmo menor do que já foi", disse o economista.
A atual desaceleração do mercado de trabalho é diferente dos períodos de forte retração econômica. No auge da crise internacional, por exemplo, no fim de 2008, todos os segmentos de trabalhadores tiveram uma redução de vagas num nível mais forte do que a atual - o Produto Interno Bruto despencou 3,5% no último trimestre daquele ano ante os três meses anteriores. Hoje, a economia brasileira cresce e, mesmo com a piora do cenário econômico, a taxa de desocupação é baixa. Em junho, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, foi de 6% - em 2003, chegou a 13%.
Novo ciclo. O fechamento de vagas para brasileiros mais velhos e menos escolarizados também indica o encerramento de um ciclo no mercado de trabalho. Nos últimos dez anos, o setor de serviços teve um forte crescimento, demandando mão de obra de pouca qualificação, o que não ocorre mais com a mesma intensidade. Neste ano, alguns segmentos fortes em contratação - como reparação de objetos pessoais e domésticos - estão tendo uma desaceleração na contratação.
Esse auge do setor de serviços nos anos anteriores teve como pano de fundo a forte política de reajuste do salário mínimo, ganho real de salário pela maioria das categorias, melhora na distribuição de renda, e expansão do crédito. "É o fim de um ciclo, que teve um crescimento muito forte no setor de serviço e de consumo das classes C e D. Isso sustentou o crescimento do País em 2010 e impediu uma forte recessão em 2009", disse Daniel Keller, economista da Nobel Planejamento.
Diante desse novo cenário, uma retomada do mercado de trabalho só virá com um desempenho mais forte da indústria e, consequentemente, do investimento, que ainda não destravou este ano. "O que gera dinamismo econômico é a indústria. E o desempenho do setor de serviços vem como consequência do desenvolvimento industrial e de um agronegócio mais robusto", afirmou Keller.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Viver para trabalhar ou trabalhar para viver?


Esse título inicialmente parece uma frase de autoajuda, mas é algo que tenho discutido muito, ultimamente, em sala de aula, com colegas e amigos próximos. Nestas andanças de trabalho de consultorias pela iSetor e de palestras e reuniões pela Abraps tenho me deparado muito com esta pergunta. Encontro dezenas de profissionais que estão cansados de fazer o mesmo, do jeito que faziam há pelo menos três décadas.
É sempre a mesma história: da casa para o trabalho e do trabalho para casa, buscando sempre mais dinheiro para alcançar o valor financeiro e, assim, ter status. Ou seja, é a constante busca pelo consumo de produtos e serviços que, na verdade, não são essencialmente necessários para o dia a dia. E vira uma espécie de círculo vicioso, com os dias passando e as pessoas buscando, cada vez mais, dinheiro e consumindo mais tempo de suas vidas para isso. 
Existem alguns movimentos de pessoas que já deixaram de lado o consumo excessivo e vivem uma vida mais simples e com mais experiências. Um artigo bastante interessante publicado pelo New York Times mostra que algumas pessoas estão em busca de um novo estilo de vida para o antigamente cobiçado “american way of life”. E, constantemente, vejo outros artigos que abordam justamente o mesmo tema, aqui no Brasil. 
Dessa forma, há uma propulsão para um movimento tímido, que ainda não arrebatou uma multidão. Diria que seus seguidores são uma minoria resistente que vive quase num mundo paralelo para a massa da população televisiva e consumista. 
Recentemente, em um trabalho pela minha empresa, juntamente com o meu sócio, fizemos a facilitação para o planejamento estratégico organizacional de um grupo de pessoas que trabalham para uma O.S. (entidade privada, sem fins lucrativos) de música numa capital no nordeste brasileiro. 
Durante o trabalho, perguntamos o que os funcionários e gestores gostavam de fazer no seu horário de lazer, e por incrível (para não dizer óbvio) as frases mais frequentes foram “ouvir e tocar música”, além de “estar com pessoas (amigos e família)” e “ensinar”. Este grupo era formado mais ou menos por 50 pessoas das mais diferentes áreas, músicos, administradores, educadores, montadores, produtores, técnicos, serviços gerais etc. 
Nesta organização, o principal foco é a busca da mudança na vida de jovens e crianças por meio da atividade e aprendizagem coletiva da música para o seu desenvolvimento pleno. O resultado paralelo, além da transformação social, é de músicos maravilhosos em algumas orquestras dentro deste estado federativo do nosso país. E tudo isso financiado pelo Estado!
Na facilitação, enquanto contavam do seu trabalho ou do que achariam que poderiam melhorar nos projetos e na organização, seus olhos brilhavam e uma energia positiva vibrava no ar. Meio místico, porém incontestável. Todos realmente estavam antenados e concentrados no exercício que fazíamos, pois buscávamos melhorar a organização e o seu dia a dia. Sempre focando o público e a missão da O.S.
Parece meio romântico, porém estas pessoas estavam fazendo o que realmente gostam e acreditam. Ao longo da sessão muitos frutos e transformações foram citadas, como o aluno que virou instrutor ou algum jovem músico que foi fazer carreira internacional, pois descobriram uma aptidão e uma paixão.
Viver para trabalhar é uma escolha que temos que fazer, sem ser influenciados por fatores externos, pressões sociais e status. Envolver-se em algum projeto social, ambiental, fazer um voluntariado ou algo assim pode ser uma forma de escapar da sua realidade, se você não pode se dar ao luxo e viver somente naquele trabalho que realmente você almeja.
Outra forma é planejar uma carreira focada nestes temas ou já direcioná-la para tal. E quem sabe não fazer alguns trabalhos voluntários ao longo da carreira e depois, quando aposentar, ficar full-time. Ou ainda elaborar um projeto social ou ambiental podendo se transformar num empreendedor social. Ou então fazer um negócio social.
O importante de todas estas conversas e discussões destas semanas é que precisamos continuar refletindo, ampliando as nossas percepções e pesquisando, para que no momento certo (que dependerá de cada um) tenhamos a atitude para ter uma vida mais leve, sem o peso de viver para trabalhar. 
Marcus Nakagawa – é sócio-diretor da iSetor, professor da ESPM e diretor-presidente da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A origem das 8 horas de trabalho e por que devemos repensá-las

Um dos elementos imutáveis da nossa vida hoje é o ideal de horas que devemos trabalhar - generalizando, todas as pessoas com quem conversei me disseram algo em torno de oito horas ao dia. E os dados estatísticos confirmam isto. Os americanos trabalham em média 8,8 horas todos os dias. Ao menos essas foram as estatísticas oficiais do Bureau of Labor Statistics (Escritório de Estatísticas do Trabalho, algo equivalente ao Caged no Brasil). Para a maioria de nós, a quantidade de horas trabalhadas diariamente por uma pessoa não é, necessariamente, um fator decisivo sobre sua eficiência ou produtividade. Ao menos é isso o que acho a partir da minha própria produtividade. Então, qual é, afinal, a jornada de trabalho diária ideal?
Com histórias de sucessos de pessoas que trabalham quatro horas por semana e outras de gente que trabalha 16 por dia, fica difícil saber se existe um tempo ideal. Então, em vez de seguir os meus instintos, que geralmente falham, eu decidi pesquisar sobre as horas de trabalho e como otimizá-las em prol da sua felicidade e sucesso. 

Em primeiro lugar, por que trabalhamos 8 horas diárias? 

Vamos começar com o que nós temos agora. As típicas oito horas de trabalho. Mas como nós inventamos isso? A resposta está escondida na história da Revolução Industrial. No final do século 18, quando as empresas começaram a maximizar seus lucros, as fábricas funcionavam sem parar, em regime 24/7. Para tornar as coisas mais eficientes, as pessoas tinham que trabalhar mais. A norma era que as pessoas trabalhassem entre 10 e 16 horas.  
Essas horas laborais incrivelmente longas estavam insustentáveis até que um homem corajoso chamado Robert Owen começou uma campanha para que essas pessoas não trabalhassem mais que 8 horas por dia. Seu slogan era "oito horas de trabalho, oito horas de lazer, oito horas de descanso." Não demorou muito para que a Ford implementasse, de fato, as oito horas diárias e mudasse os padrões.
Uma das primeiras empresas a implementar foi a Ford Motor Company, em 1914,  que não apenas rompeu com os padrões implementando as oito horas, mas também dobrando os salários dos empresários. Para a surpresa de muitas indústrias, isso resultou na mesma produtividade desses trabalhadores, mas em menos horas, aumentando a margem de lucro da Ford no período de dois anos. Isso incentivou outras companhias a adotarem um padrão de oito horas para os seus empregados.
Então, aqui está a razão pela qual nós trabalhamos 8 horas por dia. Não é científica ou pensada. É simplesmente uma norma secular para tornar as fábricas mais eficientes. 

Medir energia, não tempo

A quantidade de horas que nós trabalhamos todos os dias é pouco importante na economia criativa de hoje.
O foco correto está na sua energia, de acordo com o famoso autor Tony Schwartz: "administre sua energia, não seu tempo", diz ele.
Schwartz explica que, como humanos, nós temos quatro tipos de energia para administrar todos os dias:
1. Sua energia física - Quão saudável você está? 
2. Sua energia emocional - Você está feliz?
3. Sua energia mental - Você está conseguindo se concentrar?
4. Sua energia espiritual - Por que você está fazendo tudo isso? Qual o propósito? 
Uma das coisas que nós esquecemos é que, como humanos, nós somos diferentes das máquinas. Na essência, isso significa que as máquinas funcionam de forma linear e humanos se movem em ciclos. 
Para ter um dia produtivo, que respeite nossa natureza humana, a primeira coisa a se fazer é focar nos ritmos ultradianos. O entendimento básico é que a mente humana pode se concentrar em qualquer tarefa por 90 a 120 minutos. Após isso, é necessário um intervalo de 20 a 30 minutos para nós nos renovarmos e atingirmos uma boa performance para a próxima atividade. 
Então, em vez de pensar "o que eu posso fazer em oito horas no dia", eu comecei a pensar sobre o que eu posso fazer em uma sessão de 90 minutos. Agora que sabemos que precisamos dividir tudo em intervalos de 90 minutos, é hora de quebrar esses 90 minutos em novas sessões. 

O centro de um dia produtivo no trabalho: foco

O ponto crucial para entender como o trabalho flui está em como nós podemos nos concentrar. Em um ótimo projeto de pesquisa, Justin Gardner descobriu que para se concentrar de verdade o nosso cérebro utiliza um processo de 2 passos:
1 - Aumento da sensibilidade - Significa que você pode ver uma cena e pegar as informações apresentadas. Então, você foca naquilo que precisa da sua atenção. "Como uma foto embaçada que lentamente vai se focando", descreve Lifehacker. 
2 - Seleção eficiente - Isto é o "zoom" de quando estamos realizando uma tarefa. Isso nos permite entrar no que Mihály Csíkszentmihályi chama de estado de fluidez. Agora nosso trabalho começa de verdade.
A figura a seguir descreve melhor:
Na figura A, como nosso cérebro se apresentou com apenas uma tarefa, nós podemos separar as distrações (azul) do que é realmente importante (amarelo). Na figura B, como nós apresentamos várias tarefas ao mesmo tempo, nosso cérebro está se distraindo com mais facilidade e combina as tarefas atuais com as distrações.
A conclusão que Gardner sugere dos seus estudos é que nós tenhamos ambos:
- Pare  de fazer várias tarefas para evitar se distrair no seu ambiente de trabalho
- Elimine as distrações mesmo quando você só tiver apenas uma tarefa para cumprir
Parece muito óbvio, não é? Ainda assim, é mais fácil dito do que feito. A boa notícia é que ao final você pode transformar sua estrutura cerebral de aprendizado para foco.

Quatro dicas para melhorar seu dia de trabalho

- Aumente a relevância das tarefas
Muitos de nós ainda se esforçam para encontrar foco, especialmente se ninguém estabeleceu um deadline. Substituir seu sistema de atenção e criar seu próprio deadline, junto a uma recompensa, mostrou ser uma das melhores maneiras de melhorar o desempenho para completar as tarefas de acordo com o pesquisador Keikuke Fukuda. 
- Divida o seu dia em períodos de 90 minutos
Aqui está algo que eu comecei a fazer. Em vez de olhar para 8, 6 ou 10 horas de trabalho, divida o dia e perceba que você tem 4,5 ou tantos períodos de 90 minutos. Dessa forma, você terá quatro tarefas que pode fazer todos os dias com mais facilidade.
- Planeje seu descanso para que você possa de fato descansar
“A pessoa que está mais em forma não é aquela que corre a maior distância, mas a que otimizou seu tempo de descanso", disse Tony Schwartz. Muitas vezes, nós estamos tão ocupados planejando o nosso trabalho, que esquecemos 'como' descansar", afirma. Planeje de antemão o que vai fazer no seu descanso. Aqui algumas ideias: dormir, ler, meditar, lanchar.
- Zero notificações
Uma das melhores ideias que eu já tive foi seguir o conselho de Joel sobre Zero Notificações. Não ter nenhum contador no meu celular ou no computador mudando de 0 para 1 e sempre tirando minha atenção foi uma grande ajuda. Se você ainda não tentou isso, tente fugir de qualquer elemento digital que pode alertar. 
Pessoalmente, minha vida mudou completamente desde que implementei essas ideias. E eu não poderia estar mais feliz. Eu ganhei os dois: produzo mais e estou mais satisfeito, ao mesmo tempo. 

terça-feira, 23 de julho de 2013

MEC cria site para ensinar francês gratuitamente.

MEC cria site para ensinar francês gratuitamente. O FrancoClic oferece lições em texto, vídeos didáticos e exercícios, além de informações sobre a cultura francesa

francoclic francês gratuitamente brasil
FrancoClic. Site criado pelo MEC para ensinar francês gratuitamente (Reprodução)
“Bonjour”, “Bonsoir”, “Bonne nuit”! As primeiras e outras tantas expressões ensinadas aos estudantes da língua francesa agora podem ser aprendidas gratuitamente na internet, por meio de uma parceira anunciada em maio entre o MEC (Ministério da Educação) o governo francês. O site FrancoClic oferece lições em texto, vídeos didáticos e exercícios, além de informações sobre a cultura francesa.



FrancoClic é dividido em cinco módulos. O primeiro, “Reflets-Brésil”, visa a autoaprendizagem; o segundo, “Br@nché”, pode ser utilizado em sala de aula; o terceiro, “Agriscola”, tem como tema principal as especialidades agrícolas; e os dois últimos, “Le Monde Francophone d’un Clic” e “Images de France”, pretendem levar o estudante a descobrir a cultura francesa.
No módulo do curso voltado para a autoaprendizagem, o “Reflets-Brésil”, estão disponíveis 24 lições que incluem aulas de gramática e vocabulário. Cada aula apresenta cinco vídeos com situações cotidianas em francês e comentários em português. Segundo o jornal O Globo, o MEC garante que o material pode ser utilizado tanto por quem nunca teve contato com o idioma quanto por estudantes iniciados no francês, independente do nível em que estejam.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CURSO GRATUITO FUNDACENTRO

Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho: Prevenção, Segurança e Saúde no Trabalho.

Objetivo:  Propiciar aprimoramento técnico-científico aos profissionais que trabalham na área de saúde sobre o tema de Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.
Público:  Profissionais da área de saúde e segurança no trabalho, de empresas privadas e instituições públicas.
Data:  20/08/2013 à 17/09/2013
Horário:  09:00 hs. às 17:00 hs.
 Importante:  As inscrições estarão disponíveis nesta página a partir do dia 01/08/2013 às 14h00min
Inscrições:  Taxa simbólica de 2 itens de Higiene Pessoal (desodorante spray masculino ou feminino e uma escova de dentes macia) a serem entregues no primeiro dia do curso na própria Fundacentro, os mesmos serão encaminhados para a instituição de caridade "Pequeno Cotolengo". A confirmação da inscrição será feita pelo e-mail cadastrado na ficha de inscrição. Informamos que o participante que se inscrever e não comparecer ao curso sem aviso prévio de desistência não participará dos próximos cursos previstos, mesmo que efetue a inscrição pelo site.
Endereço: Rua Capote Valente, 710
CEP: 05409-002
Bairro: Pinheiros
Cidade/Estado: São Paulo - SP
Telefone(s):  (11) 3066-6055 / (11) 3066-6337

Fonte: Fundacentro, 19.07.2013

Clique aqui e acesse o programa completo do curso: Curso

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Afastamento por estresse cresce 28%

Fonte: Estadão

SÃO PAULO - No primeiro semestre de 2011 a Previdência concedeu 109 mil auxílios-doença a trabalhadores que sofreram sequelas do estresse. No mesmo período de 2010 foram mais de 85 mil casos. Ou seja, houve um aumento de mais de 28%. Estudo da representação brasileira da International Stress Management Association (Isma-BR), uma associação internacional dedicada à prevenção e estudo do estresse, com sede em 12 países, indica que 70% da população economicamente ativa no Brasil está estressada.
Carvalho pediu demissão para se livrar da pressão - Epitacio Pessoa/AE
Epitacio Pessoa/AE
Carvalho pediu demissão para se livrar da pressão
O esgotamento físico e mental, conhecido por estresse, é consequência das condições de trabalho no mercado corporativo brasileiro. Medo da demissão, pressões dos superiores, alta competição, busca de lucro e eficácia, falta de valorização, baixos salários e, em algumas profissões, o risco de morte, deixam trabalhadores apavorados. Diante desse quadro, o trabalho que deveria ser fonte de prazer e satisfação, passa a ser local de dor e sofrimento.
O filósofo Bertrand Russel considerava que o ideal da vida não seria o desintegrar-se completamente pelo trabalho, mas sim, o desfrutar da liberdade dos momentos de folga. Em oposição ao ditado - o trabalho enobrece o homem - Russel sentenciava: "Sem a classe ociosa, a humanidade nunca teria saído da barbárie". Outros pensadores defenderam o ócio ou a redução da jornada de trabalho, como essencial para gerar grandes ideias e ser feliz. Mas para sobreviver, a humanidade precisa trabalhar cada vez mais e melhor. Sob a espada da produtividade, os trabalhadores sofrem de doenças decorrentes de estresse.
É o caso do bancário M. Após sofrer cinco assaltos no trabalho em 20 anos de carreira, ele adoeceu e ficou de licença por três anos. "O quinto assalto foi muito violento, na hora da fuga houve um tumulto e o ladrão disparou várias vezes em minha direção, escapei por sorte e entrei em choque."
M. foi diagnosticado como portador de transtorno pós-traumático gravíssimo. No período de afastamento tentou o suicídio algumas vezes. "Eu não suportava mais ficar em casa, é muito doloroso se sentir inútil. Durante as perícias médicas, me sentia humilhado, já que o médico deixava subentendido que eu não voltava ao trabalho por ser preguiçoso. Fui muito maltratado."
No retorno teve de conviver com perseguição e ‘brincadeiras’ nas quais era chamado de louco, porque tomava remédios de tarja preta. "Agora, estou numa equipe mais equilibrada e as pessoas me respeitam. Mas tenho colegas com muitos anos de casa que estão pedindo demissão por não suportarem mais as cobranças de metas cada vez maiores."
Além do prejuízo à saúde e às empresas, o estresse e o consequente adoecimento do empregado representam um gasto adicional à Previdência, que até junho deste ano desembolsou R$ 147 milhões em auxílio-doença para portadores desse tipo de distúrbio.
Para a doutora em psicologia Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR, as empresas não dão a devida atenção ao assunto. "Elas estão conscientes do problema e sentem o impacto negativo que os afastamentos acarretam, mesmo assim apenas 5% das empresas promovem ações adequadas para gerenciar as emoções de seus funcionários."
Empresas que oferecem medidas paliativas como ginástica laboral, estão aplicando prevenção secundária, segundo Ana Maria. "Mais importante seria focar na prevenção primária", afirma.
Carga horária. Para a presidente da ISMA-BR as empresas precisam respeitar o horário de trabalho dos empregados.
"Pessoas que ocupam cargo de gerência costumam trabalhar, em média, 13 horas diárias. Muitos se sentem intimidados em sair do trabalho no horário correto. Com jornadas cada vez mais extensas o profissional se sente culpado por não conviver com seus familiares, ou por não realizar outras atividades. É preciso desmistificar a ideia de que é positivo ter profissionais ‘multitarefeiros’, porque isso causa desgaste e aumenta a margem de erros", diz.
Operador de telemarketing, um dos cargos mais estressantes no mercado de trabalho, Jamil de Carvalho não aguentou o baque. "Já trabalhei em várias empresas de telemarketing, mas nunca vivi uma pressão tão grande como nesta, da qual estou me demitindo. Eles gritam e xingam os operadores, nos obrigam a assumir erros da empresa e aplicam inúmeras advertências para gerar demissão por justa causa", desabafa o trabalhador.
Sobre a inabilidade dos superiores com seus subordinados, o diretor do departamento de políticas de saúde e segurança ocupacional do Ministério da Previdência, Remígio Todeschini, afirma ser preciso retirar fatores negativos do ambiente de trabalho: "Chefes autoritários e cobradores, também chamados de chefes ‘tóxicos’, minam a autoestima dos empregados. É preciso promover programas de qualidade de vida e de valorização dos profissionais, dando chances de ascensão". E acrescenta: "Antes, a doença ocorria por problemas físicos. Hoje, vemos o crescimento de doenças mentais e comportamentais."

quarta-feira, 17 de julho de 2013

10 Dicas para Retenção de Talentos

Uma recente pesquisa feita nos Estados Unidos mostrou que por volta do ano de 2020, o país poderá ter mais de 10 milhões de vagas a mais do que pessoas disponíveis para preenchê-las.
Mais ainda, existe uma crescente evidência da insatisfação dos trabalhadores, em função da falta de oportunidades de crescimento na carreira, e falta de liderança.

Outro fator, que tem atormentado os trabalhadores na última década, é a pouca disponibilidade de tempo para suas atividades particulares, em função do estabelecimento daquilo que chamamos da “busca doentia por resultados” que gera um ambiente de trabalho altamente competitivo e agressivo.

Para que, de alguma forma, as empresas possam trabalhar sobre retenção de talentos, aqui vão algumas dicas para que as empresas possam trabalhar sobre seus processos de retenção:

Mostre real interesse e consideração. Continue a ser ou torne-se realmente interessado em cada pessoa que lhe dá suporte e naquelas das quais você depende.

Faça com que o trabalho e a atividade tenham significado. Ajude as pessoas enxergarem a conexão entre o que elas fazem, e que diferença elas podem fazer para a empresa, para seus clientes internos e externos, e para a sociedade como um todo.

Faça perguntas corajosas. Não tenha vergonha, nem se sinta constrangido em perguntar por que seus funcionários querem permanecer na empresa e o que é preciso fazer para retê-los.

Aumente as competências de acordo com a situação. Busque oportunidades para colocar as pessoas em situações desafiadoras, nas quais suas habilidades e competências crescerão e se desenvolverão.

Faça do contato individual uma rotina. Conduza reuniões individuais de curta duração entre gerentes/líderes e com as outras pessoas que se reportam a você. Comece perguntando, “O que você tem em mente?” – Aí, ouça e aja.

Faça da retenção uma responsabilidade de todos. Encoraje sua equipe a se sentir responsável pela retenção de seus pares e esteja alerta aos problemas que precisam ser resolvidos.

Seja um construtor de carreiras. Fale com seu pessoal sobre suas carreiras em longo prazo e ajude-as usar ou construir as habilidades e competências que serão necessárias para o futuro.

Ajude as pessoas a tirarem “nota alta”. Seja claro quando você estiver explicando o que é alto desempenho. 
Gerencie o sentido da mudança. Movimente-se na direção das pessoas nos momentos de incerteza, incluindo mudanças organizacionais e de ordem pessoal. Esteja lá e seja aberto. Verifique como as mudanças estão sendo absorvidas com freqüência.

Faça o que você prega. Esteja ciente de que as pessoas estão sempre olhando e avaliando você e suas ações como líder. 


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terça-feira, 16 de julho de 2013

O chato é um chato, mas é essencial nos negócios

Fonte: Portal Exame
São Paulo - O chato é um chato. Não é o tipo de companhia que se quer para tomar um vinho, ir ao cinema ou para compartilhar um jantar. O chato tem a insuportável mania de apontar o dedo para as coisas, enxergar os problemas que não queremos ver, fazer comentários desconcertantes.
Por isso, é pouco recomendável ter um deles por perto nos momentos nos quais tudo o que você não quer fazer é tomar decisões. Para todos os outros — e isso envolve o dia a dia dos negócios, a hora de escolher entre um e outro caminho, de fazer isso ou aquilo — é bom ter um desses cada vez mais raros e discriminados exemplares da fauna empresarial por perto.
Conselho dado por alguém que entende muito de ganhar dinheiro, Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo: “Ouça alguém que discorda de você”. No início de maio, Buffett convidou um sujeito chamado Doug Kass para participar de um dos painéis que compuseram a reunião anual de investidores de sua empresa, a Berkshire Hathaway.
Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. Buffett queria entender o porquê. Kass foi o chato escolhido para alertá-lo sobre eventuais erros que ninguém havia enxergado.
Buffett conhece o valor desse tipo de pessoa. O chato é o sujeito que ainda acha que as perguntas simples são o melhor caminho para chegar às melhores respostas. Ele não tem medo.
Não se importa de ser tachado de inábil no trato com as pessoas ou de ser politicamente incorreto. Questiona. Coloca o dedo na ferida. Insiste em ser um animal pensante, quando todo mundo sabe que dá menos trabalho e bem menos dor de cabeça deixar tudo como está. Acha ridículo ver o rei passear nu por aí enquanto todos ao redor fingem que nada está acontecendo.
O chato não se rende ao cinismo que, quase sempre, domina as relações nas grandesempresas. Ele não se conforma com a mediocridade (inclusive com a própria), com as desculpas esfarrapadas, com as demonstrações de autopiedade diante dos erros.
E o pior: quase sempre, as coisas que o chato diz fazem um tremendo sentido. Nada pode ser mais devastador para seus críticos do que a constatação de que o chato, feitas as contas, tem razão.
Pobre do chefe que não reconhece, não escuta e não tolera os chatos que cruzam seu caminho. Ele — o chefe, que frequentemente prefere ser chamado de líder — acredita que está seguro num mundo de certezas próprias, de verdades absolutas. Ora, qualquer dono de botequim sabe que o controle total de um negócio é uma miragem. Coisas boas e ruins acontecem o tempo todo nas empresas sem que ele se dê conta.
Achar que é possível estar no comando de tudo, o tempo todo, só vai torná-lo mais vulnerável como chefe — e mais ridículo aos olhos dos outros. E vai, mais dia ou menos dia, afastar definitivamente os chatos, os questionadores, aqueles que fazem as perguntas incômodas e necessárias.
Sobrarão os ineptos, aqueles que, não tendo opção de pensar em outro lugar, ficam por ali mesmo, fingindo que acreditam nas ordens que recebem e que são capazes de produzir algo que valha a pena.
Por isso, só existem chatos em lugares onde há alguma perspectiva de futuro. Esse espécime de profissional só prolifera em ambientes onde a liberdade de pensamento e expressão é respeitada (não estou falando de democracia total ou decisão por consenso), onde a dúvida não é um mal em si, onde existe disposição, coragem e humildade para mudar de trajetória quando essa parece ser a melhor opção.
Olhe para as companhias de sucesso espalhadas pelo mundo e conte quantos questionadores há nelas — e como eles são tratados pelos chefes e pelo grupo. São companhias eternamente insatisfeitas, que se questionam, mas que têm a coragem de ir em frente em suas decisões quando têm convicção.
Os muitos chatos que fazem parte delas questionam, ajudam a encontrar respostas e vão em frente — ainda que enxerguem os riscos onipresentes em qualquer tipo de negócio.
Em seu clássico discurso aos formandos da Universidade Stanford, Steve Jobs — o ídolo supremo dos chatos empresariais — deu sua definição do caminho para o sucesso. Seu último conselho: “Continuem famintos. Continuem ingênuos”. Ser chato é ser ingênuo. Ser chato é ser livre.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Site de currículo em formato de vídeo é a aposta de empresário

Fonte: Estadão.com

Redução de custos e tempo de contratação são os benefícios principais que o site Videojobs oferece aos seus clientes. Depois de oito meses para desenvolver o projeto, o empreendedor Alexandre Domingues colocou a empresa no ar há cerca de um mês. Nesse período, conquistou 25 clientes, sendo que dois deles são empresas de grande porte e outros são pequenos e médios.
O site tem uma base de quatro mil vídeos e quer aumentar o cadastro para até 100 mil ainda neste ano. “Estamos em um ritmo bom, pois outros sites de currículos registram de cinco a sete mil cadastros novos por mês”, diz. Candidatos a empregos podem incluir gratuitamente seus currículos em forma de vídeos para ficarem disponíveis às empresas que assinam um pacote.

Segundo Domingues, a ideia é eliminar a primeira entrevista. “Currículos são muito parecidos e isso dificulta a empresa na hora de selecionar e o profissional a diferenciar-se, então percebi uma oportunidade para atender a  uma necessidade do mercado”, afirma.

O empresário trabalhava como gerente comercial  em uma instituição financeira e decidiu se dedicar totalmente ao projeto. Para viabilizar a ideia, ele procurou um sócio investidor e seguiu avante na carreira de empreendedor. O valor investido até agora foi de R$ 100 mil, mas a empresa ainda terá duas etapas de investimento. Domingues conta que já está desenvolvendo novidades para 2014. “Queremos virar o setor terceirizado de seleção e recrutamento das pequenas e médias empresas”, afirma.
Uma facilidade para os candidatos é que no site eles encontram um manual que ensina a como fazer uma gravação de qualidade. Para as empresas que analisam os perfis, a vantagem principal, conta Domingues, é que o site oferece mais de 30 filtros de pesquisa. “Essa é uma quantidade bem acima do que outras ferramentas que atuam nesse segmento oferecem”, explica o empresário.