quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Só 38% dos brasileiros não estão preocupados com sua situação financeira, diz estudo.

Só 38% dos brasileiros não estão preocupados com sua situação financeira, diz estudo.


Realizada pela Willis Towers Watson com 1.004 empregados de grandes empresas brasileiras, a pesquisa Global Benefits Attitudes confirma o que muitos de nós já vimos acontecer ou mesmo vivenciamos: a preocupação com as finanças tem reflexo direto na produtividade do funcionário e no seu estado de saúde.
De acordo com o levantamento, 62% dos trabalhadores brasileiros estão preocupados com a sua saúde financeira. Os participantes do estudo foram divididos em quatro grupos, conforme o infográfico abaixo.
Do total de funcionários pesquisados, apenas 38% afirmam não estarem preocupados nem no curto, nem no longo prazo com a sua situação financeira, percentual bem abaixo do índice global (47%) e também na comparação com os americanos (48%) e europeus (52%).
A pesquisa apontou ainda que a preocupação dos brasileiros com a sua atual situação financeira e o seu grau de endividamento é maior quando comparado com os números globais. Entre os brasileiros, 54% dos trabalhadores afirmam que frequentemente se preocupam com a sua situação financeira atual, contra um percentual de 38% comparado com a média global. Já sobre o grau de endividamento, 47% dos brasileiros afirmam se preocupar frequentemente, frente a 31% do índice global. Já 20% dos funcionários brasileiros explicam que possuem problemas financeiros que afetam negativamente a sua vida. Esse número ainda é um pouco maior que a média global, que soma 21%.
Outra conclusão foi que o impacto da preocupação financeira atinge diretamente a produtividade: dentre os que apresentam dificuldades financeiras (22%), apenas 31% estão altamente engajados com o trabalho, percentual que aumenta para 54% no grupo de despreocupados.
O número de absenteísmo e presenteísmo também aumenta quanto maior é o estresse financeiro: um funcionário com dificuldades financeiras representa, em média, 2,6 ausências no ano e 18,8 dias de presenteísmo.
Do grupo de 22% com dificuldades financeiras, 56% apresentam um alto nível de estresse pessoal. E quando questionados sobre o que pensam sobre sua condição de saúde, apenas 47% afirmam ter uma saúde muito boa, enquanto entre os despreocupados o número salta para 71%. Isso resulta em um maior uso do plano de saúde e um consequente aumento na sinistralidade e queda da produtividade nas empresas.
Abaixo, é possível conferir esses dados mais detalhados:
Visão do empregador
Outra pesquisa da Willis Towers Watson, a Staying@Work – Health & Productivity (Saúde e Produtividade), feita com 56 empregadores brasileiros, aponta, no entanto, que esse problema está sendo levada cada vez mais em consideração pelas empresas. Do total de companhias estudadas, 66% já possuem ou planejam implementar até 2018 ações específicas para incluir o bem-estar financeiro como parte integrante e importante do bem-estar geral da força de trabalho. Além disso, 63% dos empregadores já possuem ou planejam trazer profissionais que ajudem a promover o bem-estar financeiro para o ambiente de trabalho, como conselheiros e educadores financeiros.
Fonte: ABRH, 05.10.2016